Depois, Monteiro foi penalizado com um “drive-through” por alegadamente não ter respeitado as bandeiras azuis, passando nas boxes e perdendo cerca de 25 segundos. Impressionante viria a ser a parte final da corrida e a perseguição ao seu colega de equipa, Narain Karthikeyan, conseguindo consumar com êxito mais uma ultrapassagem a poucos minutos do final da sua sétima corrida consecutiva a cortar a linha de meta.
“Foi a minha melhor corrida na F.1, depois das dificuldades do Mónaco, aqui na Alemanha tudo correu bem e adorei este Grande Prémio”, começou por dizer Tiago Monteiro depois de sair do cockpit do seu Jordan Toyota e de ser felicitado por toda a equipa.
“Tinha um carro bom, bem a meu gosto e por isso pude fazer a corrida sempre a atacar o máximo. Logo no arranque que me correu bem, não consegui passar o Sato e o Villeneuve e mantive a minha posição. Depois estava a pensar ir por fora na primeira curva, mas quando vi que a confusão estava instalada, com vários carros envolvidos, a oportunidade era no interior da curva. Fiquei em 10º e tinha atrás de mim o Michael Schumacher, o Juan Pablo Montoya e o Giancarlo Fisichella, que me passaram até à sexta volta”, explicou o piloto.
O que deu bastante gozo ao piloto do Jordan Toyota Nº18 foi: “a luta com o Jacques Villeneuve e o Narain Karthikeyan que travamos durante 16 voltas. Adorei esses momentos, como podem calcular pelas relações de amizade que tenho com o Jacques. Infelizmente a estratégia da equipa num Pit-Stop mais longo, pondo mais gasolina no meu carro do que no do Narain, fez-me perder o contacto com o Villeneuve.”
Se Villeneuve estava já fora de alcance, Narain karthikeyan com o carro mais leve beneficiava dessa vantagem para paulatinamente se distanciar de Tiago Monteiro, mas a diferença entre os dois pilotos da Jordan nunca foi além dos 4,9s. “Tive de andar muito rápido, era importante manter o ritmo dele, porque na segunda paragem na 43ª volta ia meter menos gasolina e tinha de o passar”.
Duas voltas depois do Pit-Stop (45ª) o piloto português recebeu uma má notícia: “Estranhei a penalização do “drive-through” por desrespeito às bandeiras azuis, acho injusta e não penso ter incomodado o Heidfeld. Penso ter sido um exagero dos comissários ”.
Depois de passar pela linha das boxes perdendo uma posição, Tiago Monteiro vai para a pista com um único fito: “Atacar aproveitando as boas condições do Jordan e como sabia que estava a sete segundos do Narain, porque não tentar ir na sua perseguição?! Ataquei muito, forcei o carro nos limites, os pneus e dei o tudo por tudo. Ele viu que lhe estava a ganhar dois segundos por volta e cometeu um erro. Consegui passá-lo e terminei novamente como melhor piloto da Jordan.”
Tiago Monteiro sai de Nurburgring em alta, merecendo as maiores felicitações pelo trabalho e empenhamento durante o fim-de-semana do Grande Prémio da Europa: “Foi uma muito boa corrida e medindo pelas felicitações que recebi, parece que toda a gente esteve atenta ao meu desempenho no Jordan Toyota. Tive um bom carro, que me permitiu atacar e dar o meu melhor, e o mérito é também dos meus mecânicos e dos restantes técnicos da equipa.”
Ao terminar o seu sétimo Grande Prémio consecutivo, Tiago Monteiro passa a liderar a tabela de recordistas de pilotos Roockie, que terminam mais provas de seguida, a par com o francês Pascal Fabre (informação Forix).
Os dois Jordan Toyota voltaram a cortar a meta, com o Tiago Monteiro no 15º lugar, uma posição que não é o espelho do desempenho do piloto na corrida, e o 16º lugar de Narain Karthikeyan. Somente dois dos 20 pilotos que alinharam à partida, não se classificaram na sétima etapa do Mundial.
(Cópia integral do Press Release da DCA News – Relações Públicas Tiago Monteiro)